quinta-feira, 19 de maio de 2011

Relatório detalha problemas dos hospitais do Tocantins

     Em uma escala de 0 a 100, os hospitais no Tocantins estão entre 25 e 35. Esse foi o panorama apresentado ontem pelo secretário Estadual da Saúde, Arnaldo Alves Nunes. Apesar do relatório da saúde pública estadual feito pela Sesau não ter sido divulgado na íntegra, o secretário informou também que as unidades hospitalares em situação mais crítica são as de Dianópolis, Augustinópolis, Arapoema e Arraias.
Para resolver a situação, Nunes disse que a solução, a princípio, é estabelecer uma parceria com o terceiro setor. Estudos de como essa parceria seria feita estão sendo realizados, inclusive o presidente da Confederação das Santas Casas Misericórdias, Hospitais e Entidades Filantrópicas do Brasil (CMB), José Reinaldo Nogueira, acompanhou o secretário durante a entrevista coletiva dada ontem. Segundo o secretário, a presença da entidade é para orientar o governo sobre essa nova modalidade de gestão.
De acordo com o secretário, foram analisados mais de 1.700 itens em cada hospital e quatro áreas foram avaliadas: gerência hospitalar; estrutura e equipamentos; serviço terceirizado de limpeza, higienização e alimentação e trabalho dos profissionais. O único hospital, segundo o secretário, que está em um patamar melhor é o Hospital Geral de Palmas (HGP), com 53 na escala de 0 a 100, por ter sua infraestrutura construída há poucos anos.
     Segundo o secretário, o relatório não poderia ser divulgado na íntegra no momento porque estava com o governador Siqueira Campos (PSDB).
Diante do diagnóstico encontrado, Nunes disse que a parceria com o terceiro setor seria a melhor saída. "O terceiro setor é mais imediato, tem velocidade para dar soluções e tem farto conhecimento e know how de administração", enumerou o secretário, acrescentando que o terceiro setor tem preferência prevista na Constituição Federal, quando se trata de modelos de gestão, ou seja, a parceria público-privado vem depois.
     
O secretário contou que esteve em vários estados para ver de perto como essa parceria com o terceiro setor funciona. "Há estados, como Rio de Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Sul, que já trabalham nesse tipo de modelo", elencou.

Responsabilidades
Entretanto, o secretário esclareceu que as entidades seriam responsáveis pelo gerenciamento das unidades e a gestão e a fiscalização das ações executadas ficariam a cargo da secretaria. Essa fiscalização, segundo o secretário, será feita por uma comissão que será criada para acompanhar a execução de todas as ações das entidades, onde serão verificados se o planejado está sendo cumprido.

     Segundo ele, a previsão é que, caso a parceria com o terceiro setor seja adotada, a partir de 1º de junho as entidades já poderão apresentar propostas ao governo. De acordo com Nunes, as entidades serão escolhidas mediante a apresentação da melhor proposta, levando em consideração a resolução dos problemas apontados no relatório.

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