terça-feira, 10 de setembro de 2013

Deputados voltam a defender anulação da sessão que rejeitou as contas de Marcelo Miranda e Gaguim

A sessão que rejeitou a prestação de contas referente ao exercício 2009 dos ex-governadores Marcelo Miranda (PMDB) e Carlos Gaguim (PMDB) foi mais uma vez, alvo de discussão e questionamentos no Plenário da Assembleia Legislativa. Nesta terça-feira, 10, o tema voltou à pauta quando o deputado Manoel Queiroz (PPS) acusou o governo de uma manobra para tentar atribuir a ele - que declarou ter votado a favor da aprovação das contas - uma espécie de traição.

Em seguida, o assunto foi destaque nas falas de diversos outros deputados, culminando com uma tentativa de rejeição da ata da sessão de quinta-feira, 5. Sargento Aragão (PPS), Zé Roberto (PT) e Marcelo Lelis (PV) foram enfáticos ao cobrar que na ata deveria constar os posicionamentos contrários dos deputados, retranado um relato “fiel” da sessão e não apenas uma síntese, como foi feita. Depois do debate, a ata acabou sendo aprovada por 8 votos contra 7.

Antes disso, Stalin Bucar (PR) usou a tribuna para criticar a diferença entre as manifestações a favor dos ex-governadores e o resultado final da votação. Bucar fez duras criticas à postura de parlamentares que possam ter se manifestado a favor e votado contra a aprovação das contas e garantiu que jamais teria coragem de um ato desta natureza, e apelou para a questão da consciência dos colegas. O republicano enfatizou que a lista de assinaturas de parlamentares que afirmaram ter votado a favor, poderá subsidiar uma ação, inclusive judicial, para promover a anulação da sessão.

A fala foi rebatida pelo líder do governo, Carlão da Saneatins (PSDB), que afirmou que as críticas de Bucar deveriam ser direcionadas apenas aos parlamentares que declararam voto. “Eu ficou tranquilo, quem não deve não teme, mas seus pares, dos 11, é que está algo errado”, disse.

O petista Zé Roberto, por sua vez, afirmou que por conta daquela votação, “dias tensos se passarão na Assembleia”. “Não tenho notícia de nada tão vergonhoso na Assembleia como foi aquela votação”, disse, acrescentando: ”É uma coisa lamentável o que aconteceu aqui. Ninguém deve estar de consciência tranquila não, deputado Carlão, a coisa foi muito vergonhosa”.

Aragão, por sua vez, reforçou que vai pedir a anulação da sessão, com base na forma como se deu a votação das prestações de contas. Ele alega que não foram obecedidos os procedimentos regimentais. “Estou trabalhando já para isso”, afirmou, acrescentando ainda que se Queiroz quiser, vai acompanhá-lo à Polícia Federal para registrar uma denúncia para investigação da suposta fraude da qual o pepessista afirma ter sido vítima.

Marcelo Lelis enfatizou que dará seu apoio integral a Aragão em qualquer medida que adote sobre a sessão. “Onze deputados pediram a palavra e pelo que eu sei, tudo que é dito no plenário é oficial. O painel deu outro resultado. A gente nota, e eu tenho notado, as articulações, as insinuações e até as conspirações que aconteceram no plenário após a votação”, enfatizou. O parlamentar se disse certo de que “a verdade sobre o caso vai aparecer" e que toas as medias que puderem ser adotadas, serão.

“Inviolável”
Presidente da Assembleia, usou a fala para responder a Lelis, afirmando que o painel de votação do Parlamento tem um selo inviolável. “Esse painel é inviolável”, frisou, afirmando que a explicação para a diferença entre os votos que foram declarados e os registrados seriai, efetivamente, o fato de que alguns disseram que votariam a favor e votaram contra a aprovação das contas.
 
Fonte: Portal CT

Nenhum comentário:

Postar um comentário

[Os comentários serão moderados. Estarão sujeitos a aprovação para publicação ou não].Para comentar basta escolher um dos perfis abaixo. Se quer colocar teu nome vá no perfil URL/NOME, digite o nome e comente. Qualquer dúvida leonardoalmeida4321@hotmail.com / (63) 8457-2929