quarta-feira, 2 de maio de 2012

Sete pessoas são degoladas em fazenda de Doverlândia

Policiais do Grupo Tático (GT-3) e a própria delegada-geral da Polícia Civil, Adriana Accorsi, estiveram ontem em Doverlândia, sudoeste goiano, na busca dos autores da maior chacina já registrada em Goiás. Um preso chamado Aparecido (o nome completo não foi divulgado) teria confessado participação no crime que chocou a cidade. Ontem, o trabalho da polícia foi de buscar pistas dos autores da chacina na Fazenda Nossa Senhora Aparecida, a 45 quilômetros da cidade.
Na noite de sábado, sete pessoas foram degoladas no local: o proprietário da fazenda, Lázaro Oliveira Costa, 57; seu filho, Leopoldo Rocha Costa, 22; o casal de vizinhos Joaquim Manuel Carneiro, 61, e Miraci Alves de Oliveira, 65; o filho deles, Adriano Alves Carneiro, 22; a noiva do rapaz, Tâmis Marques Mendes da Silva, 24; e o caseiro Heli Francisco da Silva, de 44.
À frente das investigações, o delegado de Iporá, Vinícius Batista da Silva, que responde por Doverlândia, encontrou impressões digitais na fazenda. Dois suspeitos foram detidos em Bom Jardim de Goiás, no sul do Estado. Aparecido seria um deles.



Execução

Aparecido teria confessado o crime e dito que juntamente com um colega executou as vítimas. Os dois teriam sido contratados e receberiam R$ 50 mil pelo trabalho. Ele não revelou quem os teria pago pelos assassinatos.O crime chocou Doverlândia, uma pacata cidade de 8,5 mil habitantes, localizada a 410 quilômetros de Goiânia. As familias mortas eram pessoas bastante conhecidas e respeitadas na cidade.
"Eram pessoas de bem, tranquilas. O que aconteceu foi uma loucura. Nunca teve nada igual em Doverlândia, aqui é muito sossegado", comentou Fernando de Castro, funcionário de um laticínio da cidade. Lázaro Oliveira e Joaquim Manoel, os dois fazendeiros, eram produtores de leite. O primeiro era de Frutal (MG) e o outro de Rio Verde.

Sepultamento
Nenhum dos mortos foi sepultado em Doverlândia. Os corpos do fazendeiro Lázaro, de seu filho Leopoldo e do caseiro Heli foram velados na cidade goiana até a meia-noite de domingo e levados para Frutal onde foram enterrados ontem. Para Rio Verde foram levados os corpos do casal Joaquim Manuel e Miraci; do filho deles, Adriano e da noiva deste, Tâmis.
Adriano, filho único, trabalhava numa loja de construção de Rio Verde e tinha chegado à fazenda dos pais na sexta-feira. No sábado foram à propriedade vizinha. O agrônomo Leopoldo estava de casamento marcado para o próximo dia 12 de maio com a nutricionista Kátia Martins Barros, 28. Adriano e Tâmis seriam padrinhos do casal e foram até a fazenda para levar o presente do casamento.



Gritos

Sargento PM, Divino Celso Teles contou à Rádio Liberdade, de Caiapônia, que a cunhada do proprietário da fazenda estava pescando, quando o filho do caseiro Heli, um adolescente de 14 anos, foi chamá-la para dizer que seu pai e outras pessoas estavam desaparecidas e que ele tinha ouvido gritos.

Quando se aproximaram da casa, havia uma lâmpada ligada e eles encontraram os corpos de Lázaro e de Leopoldo dentro do banheiro. Os corpos das outras cinco vítimas foram localizados na manhã de domingo numa estrada vicinal, perto da fazenda.
Um grande número de policiais civis e militares foi mobilizado para ajudar nas investigações, com o apoio do helicóptero da Polícia Civil. Testemunhas contaram que dois homens tinham deixando a fazenda numa caminhonete em direção à rodovia GO-221, onde o veículo foi abandonado.De lá, pegaram uma motocicleta e seguiram para Ribeirãozinho (MT). No meio do caminho queimaram o veículo para não deixar vestígios.
Dois suspeitos de serem autores da chacina foram presos quando chegavam a Bom Jardim de Goiás e levados para Aragarças, município a 135 quilômetros de Doverlândia. No final da tarde de ontem, o sargento Divino Celso confirmou que apenas Aparecido tinha confessado particição na chacina. Segundo o delegado Vinícius Batista, pelo menos um dos assassinos usou um copo com as mãos sujas de sangue.

o crimeLázaro e o filho Leopoldo, proprietários da fazenda Nossa Senhora Aparecida, foram os primeiros a morrer. Eles foram assassinados na casa principal da propriedade. Lázaro foi rendido provavelmente na sala. Leopoldo, na varanda. Os corpos foram arrastados e trancados no banheiro.Em seguida, na porta da casa do caseiro Heli, a 200 metros, ele foi morto. O casal Joaquim Manoel e a mulher Miraci, fazendeiros vizinhos, Adriano e a noiva Tâmis foram mortos quando chegavam na fazenda em um Fiat Uno.Seus corpos foram levados para o meio do pasto, próximo a estrada de acesso à propriedade. Abordados pelos assassinos, receberam os mesmos golpes. Todos foram atingidos por pauladas e degolados.
Fonte: Jornal do Tocantins

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