Depois de conceder bombástica entrevista à rádio Tocantins FM, o ex-secretário estadual da Segurança Pública João Costa enviou carta ainda mais explosiva ao Portal CT. Nela ele afirma que "a dupla" Siqueira Campos e Eduardo Siqueira Campos "formam uma combinação, no mínimo, horrível e perigosa". "E a prova está aí. Com apenas 8 (oito) meses, o Governo Siqueira Campos, que todos imaginavam que seria o melhor da história política do Tocantins, está patinando, não sai do lugar, além de estar envolvido em crises e escândalos licitatórios. Por tudo isso, se nivela aos dois governos anteriores. Os pais já pedem que as crianças esqueçam o Siqueirido", diz o ex-secretário.
Para ele, "é inegável a seguinte conclusão: o governo da família, do filho e do pai, do pai e do filho, não fez bem ao Tocantins". "E o desgoverno é isso: quem deveria governar não governa; quem deveria administrar não administra, e quem deveria planejar não planeja", afirma.
João Costa conclui a carta dizendo ser "um anacronismo e uma contradição" que o Tocantins tenha uma oligarquia familiar, que continua "prejudicando a maioria do povo mais desfavorecida em detrimento de uma minoria de amigos, apaniguados, de doadores e colaboradores da campanha, e de parentes".
Mais ainda: diz que o povo precisa reagir. "Em silêncio, o povo paga a conta ... e que conta. Mas isso não basta. É preciso reagir. As ruas e praças são lugares ideais ao protesto. Em casa, sentado, assistindo televisão, ninguém vai mudar o Tocantins", afirma.
Confira a seguir a íntegra:
"Caro Cleber Toledo,
De 1995 a 2002, enquanto Siqueira Campos era governador e o Dr. Brito Miranda Secretário de Estado, o governo foi bem. São inegáveis as realizações nesse período.
Depois, o ex-governador Marcelo Miranda foi eleito e reeleito, e o Dr. Brito continuou sendo Secretário de Estado. Sabe-se que, embora o povo tivesse votado em Marcelo, quem governou, verdadeiramente, foi o Dr. Brito Miranda. Nascia, no Tocantins, a “oligarquia dos Mirandas”, o governo da família, do filho e do pai. Sabe-se que esse governo não foi bem, e deu no que deu: o filho foi cassado pelo TSE, tornou-se inelegível, perdeu a vaga de Senador, e está respondendo a dois (2) processos criminais, e a outros por improbidade administrativa. Inegavelmente, tudo isso envergonhou – e envergonha - os tocantinenses.
Na primeira oportunidade depois do governo Marcelo Miranda, os eleitores votaram em Siqueira Campos, o Siqueirido da crianças, com a certeza de que iriam acertar e que as mudanças necessárias seriam implementadas. Após a posse de Siqueira Campos, os eleitores foram surpreendidos com a nomeação de Eduardo Siqueira Campos como Secretário de Planejamento. Se antes era Marcelo e Brito, agora é Siqueira e Eduardo. Se tivéssemos falando de dupla sertaneja, os nomes seriam bons, poderiam até dar sorte. Mas em se tratando de governo, formam uma combinação, no mínimo, horrível e perigosa. E a prova está aí. Com apenas 8 (oito) meses, o Governo Siqueira Campos, que todos imaginavam que seria o melhor da história política do Tocantins, está patinando, não sai do lugar, além de estar envolvido em crises e escândalos licitatórios. Por tudo isso, se nivela aos dois governos anteriores. Os pais já pedem que as crianças esqueçam o Siqueirido.
Diante disso, é inegável a seguinte conclusão: o governo da família, do filho e do pai, do pai e do filho, não fez bem ao Tocantins. E o desgoverno é isso: quem deveria governar não governa; quem deveria administrar não administra, e quem deveria planejar não planeja.
Quando qualquer tipo de governo se torna oligárquico – seja no âmbito federal, estadual ou municipal – isso implica sempre um sequestro da democracia, a retirada do poder de decisão à vontade livre dos cidadãos e a sua entrega a um grupo restrito, seja um grupo comandado pelo poder econômico (oligarquia financeira), seja um grupo comandado por relações de fidelidade familiar (oligarquia familiar), em que o poder passa de pais para filhos, ou é exercido simultaneamente por todos, e assim sucessivamente, como se de um regime dinástico se tratasse.
A oligarquia é o contrário da cidadania livre, porque é o poder exercido por poucos, por clãs, em desfavor do poder exercido pelo povo, por toda a população.
A oligarquia favorece sempre interesses privados e minoritários, e desfavorece a generalidade da população, a maioria do povo, que é excluído das decisões mais importantes da vida pública.
Uma parte importante da história de emancipação dos povos na sua luta pela conquista da democracia – e o Brasil não é exceção – é também uma luta contra as oligarquias, particularmente contra as oligarquias familiares, que favorecem a corrupção e o nepotismo.
Uma das características da emancipação dos povos neste começo do século XXI consiste precisamente no combate, e no afastamento (derrubada), das oligarquias familiares. No Egito, na Líbia, na Síria, apenas para falar nos casos mais recentes e mais midiáticos, as oligarquias familiares das famílias Mubarak, Kadafi e Assad desmoronam-se dia a dia, fruto de revoltas populares impulsionadas pela Internet e pelas redes sociais.
O protesto dos cidadãos rompeu a força das ditaduras e de regimes opressores. Admitindo-se que, nem as ditaduras conseguem preservar e aguentar as oligarquias familiares de governantes tiranos que roubam e oprimem os seus povos, é, sem dúvida, um anacronismo e uma contradição que haja, no Tocantins, um estado hoje plenamente democrático e com uma opinião pública cada vez mais livre, mais forte e mais exigente, uma dessas oligarquias familiares que continuam prejudicando a maioria do povo mais desfavorecida em detrimento de uma minoria de amigos, apaniguados, de doadores e colaboradores da campanha, e de parentes.
Em silêncio, o povo paga a conta ... e que conta. Mas isso não basta. É preciso reagir. As ruas e praças são lugares ideais ao protesto. Em casa, sentado, assistindo televisão, ninguém vai mudar o Tocantins.
É assim que penso.
João Costa
1º Suplente de Senador da República"
Para ele, "é inegável a seguinte conclusão: o governo da família, do filho e do pai, do pai e do filho, não fez bem ao Tocantins". "E o desgoverno é isso: quem deveria governar não governa; quem deveria administrar não administra, e quem deveria planejar não planeja", afirma.
João Costa conclui a carta dizendo ser "um anacronismo e uma contradição" que o Tocantins tenha uma oligarquia familiar, que continua "prejudicando a maioria do povo mais desfavorecida em detrimento de uma minoria de amigos, apaniguados, de doadores e colaboradores da campanha, e de parentes".
Mais ainda: diz que o povo precisa reagir. "Em silêncio, o povo paga a conta ... e que conta. Mas isso não basta. É preciso reagir. As ruas e praças são lugares ideais ao protesto. Em casa, sentado, assistindo televisão, ninguém vai mudar o Tocantins", afirma.
Confira a seguir a íntegra:
"Caro Cleber Toledo,
De 1995 a 2002, enquanto Siqueira Campos era governador e o Dr. Brito Miranda Secretário de Estado, o governo foi bem. São inegáveis as realizações nesse período.
Depois, o ex-governador Marcelo Miranda foi eleito e reeleito, e o Dr. Brito continuou sendo Secretário de Estado. Sabe-se que, embora o povo tivesse votado em Marcelo, quem governou, verdadeiramente, foi o Dr. Brito Miranda. Nascia, no Tocantins, a “oligarquia dos Mirandas”, o governo da família, do filho e do pai. Sabe-se que esse governo não foi bem, e deu no que deu: o filho foi cassado pelo TSE, tornou-se inelegível, perdeu a vaga de Senador, e está respondendo a dois (2) processos criminais, e a outros por improbidade administrativa. Inegavelmente, tudo isso envergonhou – e envergonha - os tocantinenses.
Na primeira oportunidade depois do governo Marcelo Miranda, os eleitores votaram em Siqueira Campos, o Siqueirido da crianças, com a certeza de que iriam acertar e que as mudanças necessárias seriam implementadas. Após a posse de Siqueira Campos, os eleitores foram surpreendidos com a nomeação de Eduardo Siqueira Campos como Secretário de Planejamento. Se antes era Marcelo e Brito, agora é Siqueira e Eduardo. Se tivéssemos falando de dupla sertaneja, os nomes seriam bons, poderiam até dar sorte. Mas em se tratando de governo, formam uma combinação, no mínimo, horrível e perigosa. E a prova está aí. Com apenas 8 (oito) meses, o Governo Siqueira Campos, que todos imaginavam que seria o melhor da história política do Tocantins, está patinando, não sai do lugar, além de estar envolvido em crises e escândalos licitatórios. Por tudo isso, se nivela aos dois governos anteriores. Os pais já pedem que as crianças esqueçam o Siqueirido.
Diante disso, é inegável a seguinte conclusão: o governo da família, do filho e do pai, do pai e do filho, não fez bem ao Tocantins. E o desgoverno é isso: quem deveria governar não governa; quem deveria administrar não administra, e quem deveria planejar não planeja.
Quando qualquer tipo de governo se torna oligárquico – seja no âmbito federal, estadual ou municipal – isso implica sempre um sequestro da democracia, a retirada do poder de decisão à vontade livre dos cidadãos e a sua entrega a um grupo restrito, seja um grupo comandado pelo poder econômico (oligarquia financeira), seja um grupo comandado por relações de fidelidade familiar (oligarquia familiar), em que o poder passa de pais para filhos, ou é exercido simultaneamente por todos, e assim sucessivamente, como se de um regime dinástico se tratasse.
A oligarquia é o contrário da cidadania livre, porque é o poder exercido por poucos, por clãs, em desfavor do poder exercido pelo povo, por toda a população.
A oligarquia favorece sempre interesses privados e minoritários, e desfavorece a generalidade da população, a maioria do povo, que é excluído das decisões mais importantes da vida pública.
Uma parte importante da história de emancipação dos povos na sua luta pela conquista da democracia – e o Brasil não é exceção – é também uma luta contra as oligarquias, particularmente contra as oligarquias familiares, que favorecem a corrupção e o nepotismo.
Uma das características da emancipação dos povos neste começo do século XXI consiste precisamente no combate, e no afastamento (derrubada), das oligarquias familiares. No Egito, na Líbia, na Síria, apenas para falar nos casos mais recentes e mais midiáticos, as oligarquias familiares das famílias Mubarak, Kadafi e Assad desmoronam-se dia a dia, fruto de revoltas populares impulsionadas pela Internet e pelas redes sociais.
O protesto dos cidadãos rompeu a força das ditaduras e de regimes opressores. Admitindo-se que, nem as ditaduras conseguem preservar e aguentar as oligarquias familiares de governantes tiranos que roubam e oprimem os seus povos, é, sem dúvida, um anacronismo e uma contradição que haja, no Tocantins, um estado hoje plenamente democrático e com uma opinião pública cada vez mais livre, mais forte e mais exigente, uma dessas oligarquias familiares que continuam prejudicando a maioria do povo mais desfavorecida em detrimento de uma minoria de amigos, apaniguados, de doadores e colaboradores da campanha, e de parentes.
Em silêncio, o povo paga a conta ... e que conta. Mas isso não basta. É preciso reagir. As ruas e praças são lugares ideais ao protesto. Em casa, sentado, assistindo televisão, ninguém vai mudar o Tocantins.
É assim que penso.
João Costa
1º Suplente de Senador da República"
Fonte: Portal CT
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