segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Falsificação de notas fiscais levam MPF a ajuizar outra ação contra prefeita de São Sebastião e mais duas pessoas

O Ministério Público Federal no Tocantins (MPF) ajuizou mais uma ação de improbidade administrativa contra a ex-prefeita de São Sebastião, Vilmede Alves de Souza, o ex-secretário de Finanças do município Edeuvaldo Saraiva de Souza e Edvan Balbino Brasil, intermediário na compra de mercadorias para o município. As informações são da assessoria de comunicação do MPF.

Os requeridos teriam dispensado licitação e falsificado notas fiscais para comprovar aplicação de R$ 19.310 oriundos de recursos federais destinados à implantação do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti). Segundo MPF, os três ainda são alvo de ação civil e penal, além de investigação em outros dois inquéritos policiais, por agirem da mesma forma com recursos de outros programas.

Segundo a ação, os ex-gestores não determinaram a instauração de processo licitatório ou de dispensa. As investigações ainda apontam que os requeridos falsificaram as notas fiscais apresentadas para comprovação dos gastos e que nenhuma das empresas contrataram com o município. De acordo com o MPF, a ação se baseia ainda em laudo pericial da Secretária da Fazenda do Estado do Maranhão que atesta a falsidade das notas e em depoimentos de proprietários de três empresas que alegaram não terem vendido qualquer mercadoria ao município.

Para o MPF, as irregularidades constituem improbidade administrativa descritos nos artigos 10 e 11 da Lei 8.429/92, pois causaram dano ao erário e atentaram contra os princípios da administração pública, além de dano moral à coletividade, considerando a importância social do Peti.

Conforme o MPF, a ação requer a decretação de indisponibilidade dos bens dos réus até o fim do processo para evitar a dilapidação do patrimônio e a condenação ao ressarcimento integral do dano, indenização por dano moral coletivo e multa civil de duas vezes o valor do dano, além da perda da função pública e a proibição de contratar com o poder público e receber incentivos fiscais por dez anos. 

Fonte: Portal CT

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