Variação do vírus não havia sido vista fora de Camarões. Doença apresentou sintomas rápidos e agressivos.
Cientistas encontraram uma forma rara e mais agressiva do HIV, mais comum em chimpanzés do que em humanos, pela primeira vez fora de Camarões.
Conhecida como “grupo N”, essa mutação estava até agora contida no país africano. Na revista médica “Lancet”, nesta quinta-feira (24), cientistas confirmaram que a infecção foi detectada em um homem na França que tinha viajado para o Togo.
Os casos de HIV em seres humanos são, em sua maioria, dos grupos chamados de O e M. O grupo N foi encontrado pela primeira vez em uma mulher camaronesa em 1998. De lá para cá, apenas 12 outros casos do tipo foram identificados. Uma outra variação, conhecida como P, contaminou outra camaronesa, que vivia em Paris.
O homem atendido na França tem 57 anos e apresentou um caso grave da doença, oito dias após retornar do Togo, onde admitiu ter tido relações sexuais desprotegidas. Ele tinha febre, assaduras, alergias, glândulas linfáticas inchadas e feridas na região genital. Os sintomas eram fortes e as células de defesa do organismo caíram rapidamente. Foi preciso uma combinação de cinco remédios antirretrovirais para conter a doença inicialmente, mas os médicos não sabem se o tratamento terá efeito a longo prazo.
Fonte: globo.com
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