sábado, 18 de junho de 2011

FMI reduz previsão de crescimento do Brasil para 4,1% em 2011

O Fundo Monetário Internacional (FMI) reduziu para 4,1% a expectativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 2011, de acordo com o projeções divulgadas nesta sexta-feira (17). No relatório divulgado em abril, o Fundo projetava alta de 4,5% no PIB.
Para 2012, o FMI também reduziu a perspectiva de expansão da economia brasileira, de 4,1% para 3,6%.
De acordo com a subchefe da divisão de estudos globais do FMI, em entrevista em São Paulo, a redução na expectativa de crescimento do Brasil ocorreu por conta da desaceleração do ritmo dos indicadores brasileiros, como produção industrial.
“A política de desaceleração do ritmo da economia e para a baixa da inflação, somada à política fiscal, tem resultado na redução do ritmo de crescimento brasileiro”, apontou.
A previsão de crescimento da economia mundial este ano também foi reduzida em relação ao relatório de abril, de 4,4% para 4,3%. Houve redução, ainda, nas perspectivas de alta do PIB dos Estados Unidos em 2011 (de 2,8% para 2,5%) e 2012 (de 2,9% para 2,7%).
No Japão, a expansão de 1,4% esperada pelo Fundo em abril foi revista para uma contração de 0,7%, em decorrência dos efeitos econômicos do terremoto seguido de tsunami registrado no país. Já as perspectivas para 2012 foram revistas para cima, de 2,1% para 2,9%.
Para a Índia e a China, as expectativas para a economia em 2011 foram mantidas em 7,8% e 9,5%, respectivamente.
“A atividade está desacelerando temporariamente, e os riscos de baixa voltaram a aumentar. A expansão global segue desbalanceada. O crescimento em muitas economias avançadas ainda é fraco, considerando a profundidade da recessão”, diz o FMI no relatório. “O crescimento na maioria dos países emergentes e economias em desenvolvimento continua forte”.
Riscos
No relatório, o FMI aponta que a fraqueza maior que a esperada na atividade econômica dos Estados Unidos no primeiro trimestre e os temores sobre os problemas fiscais na zona do euro oferecem riscos.
“Há riscos advindos do setor fiscal e financeiro em muitas economias avançadas, enquanto sinais de superaquecimento têm se tornado aparentes em muitas economias emergentes e em desenvolvimento”, diz o fundo.
O FMI aponta que “fortes ajustes” nas políticas fiscais dos países desenvolvidos e um maior “aperto” nas economias emergentes “são críticos para assegurar o crescimento e a criação de empregos no médio prazo”.
“A economia global ‘virou a página’ da Grande Recessão. Entretanto, garantir a transição da recuperação para a expansão vai exigir um esforço coordenado para tratar de desafios diversos”, adverte o Fundo.
Inflação
De acordo com o FMI, a inflação global registrou aceleração no primeiro trimestre deste ano, chegando a 4%, ante 3,5% nos últimos três meses de 2010, afetada principalmente pela alta nos preços das commodities.
Nas economias emergentes, as pressões inflacionárias têm vindo de uma base cada vez mais larga, refletindo um maior consumo de alimentos e combustíveis e maior pressão de demanda.

Fonte: g1.com

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