Algumas situações envolvendo temporários contratados pelo governo do Estado já estão gerando problemas graves, que podem se tornar em breve um verdadeiro barril de pólvora político e administrativo. É o caso da Saúde e da Segurança Pública.

Instado a se identificar, ele o fez como policial civil. Ao pedir sua identificação, o agente descobriu se tratar de um impostor: um assistente administrativo se passando por policial. Na sequência, deu voz de prisão ao “colega” por falsidade ideológica e registrou termo circunstanciado na Corregedoria de Polícia.
Olha o tamanho do problema: gente despreparada, contratada para uma função , e “fazendo as vezes” de policiais civis. O Sinpol confirmou a informação da fonte, e defende que a secretaria faça concurso para montar seu quadro com pessoal com atribuições exclusivas de ressocialização de presos.
O perigo é grande, em ter pessoas portando armas, se passando por policiais civis, fazendo “bicos” como segurança, sem ter passado por um treinamento. Sem falar que é ilegal. O caso ocorrido na SSP pode se tornar uma rotina, já que policiais civis podem adotar a prática de estourar a farsa,detendo os falsos policiais e causando uma tensão ainda maior no sistema.
Na Saúde, temporários incomodam
O problema dos temporários na Saúde também permanece. Mesmo com a informação da chamada, e apesar dela, o Estado decidiu publicar no Diário Oficial os contratos que até outro dia defendia não ser necessário dar publicidade. São temporários contratados para funções como a de enfermeiro, cargo que existe no concurso.
A justificativa era de que o Estado precisava dos temporários para não haver falta de continuidade nos serviços com a demissão dos comissionados em janeiro. E que era necessário tempo para que o novos efetivos, chamados do cadastro reserva, passassem por treinamento.
O fato é que estavam contratando como temporários, gente da lista de espera. O que quer dizer que estão aptos sim, a ocupar suas funções. E mais: colocar temporários em vagas que devem ser preenchidas por concurso, por profissionais de carreira não configuraria uma ilegalidade?
É nesta esteira que muitos aguardam as publicações para impetrar mandados de segurança. Ao resolver um problema – o excesso de comissionados - e optar por fazer contratos ao invés de chamar logo um concurso, o governo do Estado pode ter tomado uma decisão política, pensada em cima das necessidades da administração pública. Mas pode estar criando duas crises: uma política, por que dá munição à oposição para mostrar a incoerência entre o discurso e a prática; e outra administrativa, já que a prática pode gerar questionamento jurídico de desdobramentos nada favoráveis ao governo.
Fonte: Site Roberta Tum
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